Nos fizeram acreditar que colesterol é ruim.
Primeiro precisamos entender que valores de referência são estatísticas, cada laboratório tem sua média baseada na população que atende. No Brasil, os valores de colesterol estão cada vez menores e os valores de açúcar no sangue estão cada vez maiores, pois a população está comendo mais carboidratos com medo de comer gordura. Logo, os valores de referência aumentam também. Mas as doenças cardiovasculares não estão diminuindo, e sim aumentando.
Por exemplo, pegamos um valor de referência de hemoglobina glicada, que significa quanto % das células do nosso corpo está com açúcar “grudado”, há dez anos se considerava um valor saudável de hemoglobina glicada menor que 5.4, hoje já têm laboratórios considerando saudável, valores maiores que 5.8, ou seja, em dez anos a gente pode ter quase 0,5% a mais das células do nosso corpo com açúcar “grudado”? Claro que não, na verdade isso significa que as pessoas estão com o perfil de suas células com muito açúcar.
Também há dez anos, a referência de colesterol era menor que 220 e hoje vemos laboratórios com referência menor do que 160. Um colesterol menor que 160 não é bom, é ruim.
Colesterol baixo não é sinônimo de prevenção de doenças cardiovasculares, tanto que tem muita gente infartando com colesterol de 150 a 130, pessoas que, inclusive, estão tomando estatinas. Pior, um colesterol tão baixo, aumenta o risco de doenças do sistema nervoso central, como depressão e baixo nível de hormônios sexuais, pois eles são derivados do colesterol. Homens e mulheres com colesterol muito baixo não produzem adequadamente os seus hormônios sexuais como estrogênio e testosterona.
Dicas da nutricionista Brisa Mosmann CRN 8291.
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